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MEATERIAIS & MÉTODOS
Tradição Acadêmica

Guerra, que desde sua infância teve interesse em pintura clássica e nos métodos tradicionais da profissão - métodos que deram aos pintores do passado a habilidade de transformar tinta em imagens tridimensionais em superfícies planas, estudou a metodologia acadêmica na Florence Academy of Art. O currículo da FAA, uma moderna adaptação da filosofia acadêmica, abriu as portas para Guerra explorar o mundo dos materiais e métodos tradicionais. Estes métodos incluem alguns pontos nem sempre óbvios para aqueles não familiarizados com Arte Clássica, como Anatomia, o nu acadêmico, o processo de fazer sua própria tinta, preparação de telas e painéis, teoria das cores vs. pigmentos, e noções como croma, tonalidade e valores tonais. 

Fine Art Academy, Academicism, Aktsaal der Wiener Akademie
Atelier Bonnat 1888
12.7 Modellklasse_an_der_Kopenhagener_Kunstakademie
Academie Julian 1921
Academy of St Luke
Late 19th to early 20th century atelier
Painting Atelier ca. 1839
Fazendo Tinta

Uma boa maneira para o artista de garantir uma boa qualidade das tintas usadas nas obras de arte, e também ter um melhor controle sobre a mesma, considerando a relação entre óleos e pigmentos, é fazer sua própria tinta. Ou, melhor dizendo, moer e ligar o pigmento ao óleo, transformando a combinação em tinta. A relação entre a quantidade de óleo e pigmento pode afetar a consistência da tinta, como também sua coloração e como ela mistura outras tintas. Às vezes os tubos de tinta comprados já prontos contém agentes vinculantes, com função de evitar a separação dos pigmentos e óleos, o que pode também afetar a qualidade desejada para a tinta. Por essas razões, a melhor forma de controlar a consistência e coloração das tintas é fazê-las você mesmo.
Guerra usa pigmentos de boa qualidade, importados de diferentes países, incluindo Vermillion original, amarelo de Nápoles, branco de chumbo e outros, para muitas de suas tintas.

Preparando Telas e Painéis

Uma outra maneira de assegurar a boa qualidade do material usado nas obras de arte é montar e preparar suas próprias telas e painéis. Apesar de ser possível encontrar desses materiais de boa qualidade no mercado, Guerra por vezes prepara seus próprios, esticando telas de linho cru em barras, protegendo-as com cola de pele de coelho, pondo uma camada de gesso ou uma preparação à óleo e selando com uma imprimatura ou verniz à base de óleo. Depois deste processo, a tela está pronta para receber tinta. Do mesmo modo alguns dos painéis que Guerra usa para pinturas ao ar livre são também preparados por ele mesmo, com tábuas de madeira e camadas de gesso ou verniz.

Você pode aprender sobre técnicas tradicionais acadêmicas tendo aulas particulares com o artista! Para mais informações, favor contactar o mesmo. 

Sergey Chubirko
Will St. John, American
Rafael Guerra
Colleen Barry
Janne Jaaskelainen, Finnish
Sergey Chubirko, Russian
Rafael Guerra
Harold Knight
Anatomia & o Nu Acadêmico

Desde o início da representação artística, a figura humana representada desperta interesse e admiração em observadores, principalmente devido à fácil identificação e correlação com o tema. Sendo um dos principais temas na Arte através da História, é um dos principais tópicos em academias de arte tradicionais. 

Para pintores clássicos e realistas, o conhecimento da anatomia humana possibilita representar a figura em alto grau de realismo, com precisão nas formas naturais, mostrando a beleza do ser humano sem abstrações ou invenções que podem por fim ofuscar as verdadeiras formas e funções do corpo humano. Artistas como ilustradores, pintores e escultores, estudam anatomia para melhor entender as formas e estruturas da figura humana como elas são na realidade.

O nu é usado no meio acadêmico como uma forma de estudar e entender anatomia e forma, e também contribui para o estudo dos valores de sombra e luz, como também das texturas e cores da pele humana.

Por essas razões, nas Academias e Escolas de Belas Artes, o modelo vivo é fundamental para o aprendizado, não somente na forma do Nu. Usando da figura viva, também em retratos e obras figurativas, o artista pode estudar os aspectos fisionômicos de maneira clara e precisa, entendendo a verdadeira estrutura anatômica dos diferentes biotipos mais fácil e rapidamente. Com modelos vivos, o artista pode ver em três dimensões aquilo que havia estudado em imagens e gravuras, o que o possibilita uma melhor visualização e entendimento das estruturas anatômicas.


Com o conhecimento adquirido com estudos de anatomia e o Nu, torna-se possível representar a figura humana com precisão em composições complexas. Exemplos abaixo:

Herbert Draper
William Bouguereau
Roberto Ferri
Robert Liberace
Louis Smith
David Cheifetz
Herbert Draper
Aimé-Nicolas Morot
Herbert Draper
Paul Brown
Herbert Draper
Nelson Shanks
Camille Félix Bellanger
Alexandre Cabanel
Herbert Draper
Arantzazu Martinez
D. Jeffrey Mims
Herbert Draper
Lord Frederic Leighton
William Bouguereau
Knut Ekwall
Diego Velazquez
Rodolfo Amoedo, Brazilian
Charles Gleyre
William Bouguereau
O Método de "Sight-Size"

Para quem deseja trabalhar "from life", e manter os corretos tamanhos e proporções vistos na natureza, o melhor método a ser usado é o Sigh-Size. Como o nome sugere, significa desenhar/pintar/esculpir do mesmo tamanho que se vê o objeto a ser desenhado/pintado/esculpido. Não significa desenhar do tamanho real, mas do tamanho em que se vê. E este método treina o olho para ver, medir e comparar com grande precisão, linhas, formas abstratas e valores.
"A idéia básica na qual este método depende é configurar uma relação específica entre você, o desenho e o objeto. A relação necessária para que o método funcione é uma onde você está posicionado de modo que você possa facilmente visualizar o objeto e o desenho de forma que estes pareçam visualmente ter o mesmo tamanho. Uma vez que o objeto e o desenho são vistos como sendo do mesmo tamanho, torna-se possível medir mecanicamente e comparar as proporções do objeto com o desenho e julgar a precisão do desenho. Utilizando o método ao longo do tempo treina o olho para perceber cada vez mais pequenos erros de forma entre o objeto e o desenho e aumenta a capacidade do artista de criar um desenho realista e preciso."*

Dependendo do tema, por exemplo, natureza morta ou retrato, isso significaria que os objetos na tela são basicamente do mesmo tamanho que os objetos reais. Se você está vendo algo à distância, se estiver pintando uma paisagem ou deseja alterar os tamanhos das figuras para uma composição complexa, isso significaria que você posicionaria você mesmo e a tela longe dos objetos a serem pintados, de forma a mudar sua perspectiva dos objetos, e visualmente encaixá-los em sua tela, podendo comparar os tamanhos e aplicar em sua tela.
"Dentro do estúdio, se você estiver desenhando um modelo, a posição do modelo será fixa, mas seu desenho e sua posição serão móveis. Para que o modelo caiba no seu papel, você se afasta do mesmo para que visualmente seu tamanho fique menor. Além disso, a distância entre você e o cavalete pode variar para alterar o tamanho do desenho correspondente ao modelo. Se o cavalete é movido mais perto do modelo, o tamanho do desenho se aproximaria do tamanho real do modelo."*

 

*Extraído do blog do Ben Rathbone.

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Se você deseja saber mais sobre o método de "Sight-Size", você pode visitar o site do Darren R. Rousar ou ler  este artigo da Swedish Academy of Realist Art, que contém muitas imagens para uma melhor visualização do método. 

Charles Wellington Furse, in the studio, working on the painting, Mr. and Mrs. Oliver Fishing the River Laerdel in Norway (1903) using the sight-size method
Joshua McPherson
Jean-Léon Gérôme
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